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REVISTA

Estudante propõe união de aplicativo de namoro e plataforma de audiodescrição

Em busca de diminuir inacessibilidade em plataformas de relacionamento, projeto visa incluir cada vez mais deficientes em meios tecnológicos

REPORTAGEM DE JÉSSICA FRANCIELE

14/11/2019, ÀS 18H12

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Tinder (Foto: Reprodução)

De um tempo para cá, a acessibilidade voltou a ser um dos assuntos mais discutidos em pautas sobre inclusão de deficientes na sociedade. Contudo, em 2019, muita coisa precisa ser feita, ainda mais quando falamos em tecnologia.

Hoje, milhares de pessoas utilizam o celular para se comunicar, chegar a algum lugar, acessar conta em banco e até encontrar um namoro. O Tinder é uma dessas plataformas, que tem como objetivo unir casais. No entanto, ele não é um dos mais acessíveis para deficientes visuais, por exemplo.

 

Leia mais sobre acessibilidade para deficientes visuais em aplicativos de namoro.

Após uma pesquisa de campo, Jéssica Silva, aluna de uma Universidade em São Paulo teve a ideia de desenvolver uma plataforma de audiodescrição com recursos de tecnologia assistiva para unir forças com aplicativos de namoro, intitulada “Escuter”.

Para destacar a proposta dessa união, trazer mais inclusão digital e tornar o ambiente integrado para o deficiente visual, o principal objetivo pensado para esse projeto, a estudante de jornalismo de 23 anos acompanhou reclamações e sugestões de usuários do app. O resultado dessa imersão veio com a ideia de torna-se obrigatória a inserção de descrições detalhadas em fotos publicadas no Tinder, o que auxiliaria a usabilidade do Escuter.

Com esta função ligada ao recurso de audiodescrição própria da plataforma, o usuário com deficiência visual poderia conhecer melhor o perfil da pessoa que estará dando like, um dos grandes problemas listados pelos cegos, de acordo com a estudante. Além disso, com a iniciativa idealizada por Jéssica Silva, todos os usuários cadastrados no Escuter conseguiriam ter um ícone no perfil, indicando que estão integrados nos dois aplicativos.

A proposta busca diminuir a inacessibilidade de grandes marcas, que têm como principal vitrine as imagens, muitas vezes sem descrição, dificultando as necessidades de todos os usuários.

 

"Devotee", o aplicativo voltado para deficientes.

Para a estudante, o papel deste projeto, que luta para diminuir, também, a exclusão de pessoas com deficiência visual de atividades comuns, é buscar completar empresas que fornecem bons resultados com o público, como é o caso do Tinder, visando não limitar a experiência de deficientes, mas incluí-los em todas as pautas.

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