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REVISTA

Aplicativos da era millennial: um diálogo sobre acessibilidade 

Em meio às novas tecnologias, deficientes visuais relatam desafios da geração Y

REPORTAGEM DE JÉSSICA FRANCIELE

11/11/2019, às 16h35

Foto_ Pixabay

Pessoas utilizando celular (Foto: Pixabay)

como funciona

Todos os dias, cores, ilustrações e fotos invadem o extenso universo tecnológico em busca de uma expansão cada vez maior. Essas imagens, que chegam às pessoas em contextos completamente diferentes, ganham mais força no cotidiano, na mídia, redes sociais, aplicativos de relacionamento, ambiente escolar, jogos e em mais uma infinidade de coisas.

 

Se analisarmos um popular pensamento chinês que diz que “uma imagem vale mais que mil palavras”, é possível entender a dimensão e a importância deste substantivo, não é? Mas e se você estivesse limitado a essa experiência visual tão comum? É um obstáculo que atinge mais pessoas do que podemos imaginar.

 

Segundo dados do World Report on Disability 2010 e do Vision 2020, a cada 5 segundos, 1 pessoa se torna cega no mundo. Cerca de 36 milhões de pessoas no mundo são cegas e outras 217 milhões têm baixa visão, de acordo com relatório da Organização Mundial da Saúde realizado em 2010. Especificamente no Brasil, os resultados também são impactantes, de toda a população brasileira, 23,9% (45,5 milhões) declararam ter algum tipo de deficiência, sendo que a mais comum é a visual, atingindo 3,5% destas pessoas, ainda segundo a OMS.

 

Formado em jornalismo pela ESPM, Gustavo Torniero, de 23 anos, sabe bem como isso funciona. Ele nasceu com catarata e glaucoma congênito, posteriormente perdeu a visão total do olho esquerdo pelo excesso de procedimentos para reverter o quadro (ao todo, 9 cirurgias). O pouco que enxerga hoje são vultos e luzes vindas do olho direito, o que os médicos não conseguem dizer ao certo o grau.

 

Mesmo com a doença, sua atuação no mercado precisa ser aprimorada diariamente para integrar os novos recursos que a geração millennial exige, já que produções jornalísticas não necessitam só de textos, mas de narrativas assertivas.

 

Com uma rotina a todo vapor, o jornalista recém-formado conta sobre suas recentes, mas importantes conquistas profissionais. “Me formei em 2018, mas já participei de bastante coisa, fiz textos para agências; presto consultoria em acessibilidade e audiodescrição; e estou envolvido com vários projetos paralelos.”

 

Animado ao falar de seus trabalhos, o jovem abre espaço para contar sobre duas de suas mais notáveis atividades no universo da redação. A primeira delas foi para a BBC, onde Gustavo escreveu alguns textos sobre acessibilidade, entre eles o “Aplicativos para pessoas com deficiência: como a inteligência artificial pode melhorar a vida de milhões de brasileiros”, publicado em janeiro de 2019. Já em junho deste ano, para o HuffPost Brasil, ele escreveu a matéria “Projeto promove formação de mulheres com deficiência e cuidadoras.” 

AS REDES SOCIAIS E A MÍDIA

Em sua biografia no Twitter, rede social que o morador da zona norte paulistana diz que mais utiliza, está escrito, com orgulho, sobre mais uma de suas conquistas como profissional de jornalismo, na Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB), fundada em 2008, do qual ele é Secretário da Juventude.

 

Com tantos trabalhos paralelos, apesar de expressar tranquilidade em sua personalidade, as 24 horas do dia de Gustavo parecem render muito, porque além de fazer atividades corriqueiras à profissão, ele também se dedica a projetos relacionados à acessibilidade e inclusão social. 

 

O que reflete em uma das questões que Gustavo debate em conversa com a Galileu, quando ele pontua que a mídia gosta de abordar o deficiente visual em dois termos extremos que vão da superestimação até a subestimação. “A mídia costuma perpetuar alguns estereótipos para a pessoa com deficiência. Existem trabalhos e estudos que mostram que quando a mídia aborda casos de deficientes, costuma construir rótulos de vitimização, infantilização ou superação.”

 

Ele diz que entendeu isso muito novo, assim como a sua paixão pela comunicação, que despertou enquanto ele ainda estava no ensino médio. “Quando tinha uns 15, 16 anos de idade, criei um programa de rádio com mais dois amigos cegos sobre assuntos aleatórios, mas que envolviam questões nossas.” O programa dito por Gustavo era considerado profissional pelos colegas, e foi transmitido para rádios pelo país.

Gustavo Torniero em sua casa (Foto: Jéss
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Gustavo Torniero em sua casa (Foto: Jéssica Franciele)

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Já Heverton Rodrigues, 26, morador de Uberlândia não decidiu fazer uma graduação na área de comunicação, mas, sim, em estatísticas, na Universidade Federal de Uberlândia, onde também trabalha. Ele perdeu a visão com 18 anos, devido a uma síndrome genética chamada neurofibromatose tipo 2, que fez com que ele desenvolvesse um tumor que atrofiou seu quiasma óptico, uma estrutura em forma de X composta pelo cruzamento dos nervos ópticos no cérebro, que se conectam ao olho.

 

Diferente do jornalista de 23 anos, que precisou se adaptar às tecnologias com deficiência visual ainda na infância, Heverton já utilizava redes sociais quando a doença o afetou. Depois de cego, ele relata que em três meses começou sua introdução no mundo de tecnologia assistiva para computador, do qual ele usa até hoje. Esse recurso funciona, basicamente por síntese de voz e comandos de teclado, de produção artificial de fala humana. Um sistema baseado em texto-fala converte textos ortográficos em fala. 

 

Além serem jovens com deficiência visual formados e bem estabelecidos profissionalmente, os dois têm em comum o nível de influência nas redes sociais, apps que possuem grande poder de imagem atualmente. Gustavo, que participou do podcast “Imagina Juntas”, apresentado por Carol Rocha, Jéssica Grecco e Gus Lanzetta, conta com mais de 8 mil seguidores no Twitter, rede em que ele já escreveu 103,4 mil tweets.

 

Já Heverton fala abertamente sobre relacionamentos pessoais e profissionais em seu perfil no Facebook, ou no “LDRV”, grupo fechado na rede de Mark Zuckerberg com quase 500 mil membros.

 

Uma de suas publicações mais conhecidas no “LDRV”, que soma quase 20 mil curtidas, fala sobre os desafios dos leitores de tela em celulares. “Já receberam mensagens em momentos indevidos?” Ele questiona aos participantes do grupo e logo emenda com um caso engraçado: “Sou cego e utilizo aplicativos leitores de tela no computador e smartphone. Um professor da universidade em que trabalho estava curioso para conhecer essas tecnologias, então decidi diminuir a velocidade da voz para que ele pudesse compreender tudo direitinho. Enquanto eu estava lá demonstrando a tecnologia para ele, um excomungado que eu nunca nem conversei me enviou a seguinte mensagem bem inapropriada. Quando eu escutei a voz do Google falando aquilo, eu não sabia nem onde enfiar a cara. Percebi que ele saiu bem sem graça também.”

 

Levando tudo com humor, ele questionou as pessoas que estavam pedindo “desculpas por rir” nos comentários: “Por que vocês estão pedindo desculpas por rir? Riam à vontade. Ser cego não me faz diferente de ninguém.”

 

Neste meio-tempo, Torneiro, que durante a entrevista demonstrou tratar com leveza a deficiência visual, aproveita para falar sobre questões governamentais com seus seguidores. O jornalista também usa sua conta no Twitter para escrever sobre seus projetos, sendo o mais recente foi na exposição sobre Vladimir Herzog,  no Itaú Cultural, onde ele prestou consultoria de audiodescrição.

 

No entanto, não são só esses percursos que os dois seguem juntos. A deficiência que os atingiu de formas e em circunstâncias diferentes, fez com que ambos lidassem com problemas cotidianos distintos, sempre centralizando os conteúdos direcionados à inclusão social dos cegos. E é justamente isso que une Gustavo e Heverton, que não se conhecem, nem mesmo pelas redes sociais. e

 

O TINDER 

Ambos conversaram sobre um produto específico que desistiram de utilizar, muito comum à geração Y. Além das mídias sociais, onde os usuários podem conhecer novas pessoas, encontrar um ‘ficante’ ou até mesmo iniciar um namoro, também existem aplicativos próprios para isso, como por exemplo o Tinder, que possui um alto número de usuários em solo brasileiro. Contudo, essa é uma questão que incomoda muito o público que possui deficiência, especificamente deficiente visual, porque o app não oferece recursos necessários para esse núcleo utilizá-lo. 

 

Para começar a falar sobre o Tinder, é importante dizer que o Brasil é o terceiro país no mundo que mais utiliza a plataforma. O resultado, vindo de um levantamento da marca sobre a ferramenta Premium Passport, indica que os brasileiros ficam atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido em número de usuários.

Infográfico Tinder (Crédito: Jéssica Franciele)

depoimentos

Além disso, o “queridinho” entre os aplicativos do ramo é uma das principais fontes de interação rápida; possui muitas ações para se promover; e conta até com músicas usando seu nome na letra, como no caso de “Jenifer”, de Gabriel Diniz, cantor que morreu em um acidente aéreo este ano.

Entretanto, o que deveria ser algo que as pessoas se sentissem confortáveis, afasta certa parte da população, um problema que para Heverton e Gustavo, acontece porque a plataforma peca por falta de acessibilidade e preconceito dos usuários.

O problema, frequente entre os dois, indica que tecnologias, novos meios de interação e facilidade para ser o que você quiser na internet funcionam até certo ponto, se não forem consideradas questões de inclusão digital e, até mesmo, social. Em uma breve pesquisa, reafirmada pelos deficientes visuais nesta entrevista, um dos pontos em principal destaque para a utilização de aplicativos como o Tinder, Badoo e Par Perfeito é a falta de descrição em imagens.

Torniero abre a discussão sobre o assunto. Ele conta que há um tempo, seus amigos pediram para que ele criasse um Tinder, para ter uma experiência no aplicativo, saber como funciona. Com ajuda, ele pontua que pegou fotos, colocou uma descrição detalhada em sua biografia, e foi desenvolvendo seus interesses por lá. Contudo, o jovem relata que nunca teve nada “frutífero” na rede. “Eles são inacessíveis para nós, não tem descrição de imagem, não tem nada. Outra percepção minha é que sempre existiu preconceito nesses aplicativos. Na verdade, o preconceito existe, o preconceito com os relacionamentos, com a vida sexual do deficiente visual, com a vida afetiva da pessoa com deficiência, ainda mais nesses lugares.”

Heverton, 580 km distante de Gustavo, fala com similaridade sobre o assunto. “Já utilizei o Tinder, mas considero o aplicativo bem problemático, porque é extremamente visual. Das vezes que loguei no app, sempre estive com alguém por perto ou dava likes em todo mundo”, diz rindo.

Da mesma forma que o jornalista, o jovem também precisou da ajuda dos amigos para escolher uma pessoa que combinasse com ele. O rapaz diz, até em tom de alerta, que “é melhor ter alguém por perto, porque a pessoa vai descrevendo as características do usuário.”

Para quem nunca utilizou tais meios, eles funcionam da seguinte forma: por meio de imagens pessoais, usuários criam um perfil no aplicativo, como se fosse uma espécie de vitrine virtual, e a partir daí, dão likes. Se ambos usuários se atraírem, acontece o “match”, e eles partem para uma conversa privada no aplicativo.

PONTOS DE VISTA

Talita Pagani é analista de UX, um termo muito utilizado e desenvolvido nos dias atuais, que significa User Experience, ou Experiência do Usuário. Com o objetivo central de melhorar a experiência do usuário, a mestre em Ciência da Computação na temática de Acessibilidade Web com cursos sobre tecnologias Web pelo Google Developers Experts, fala sobre isso.

 

“Um passo importante é entender as necessidades dessas pessoas, quais as principais barreiras de acesso e quais as práticas que devem ser seguidas para construir aplicações acessíveis. Isso envolve todas as pessoas que trabalham no desenvolvimento, de designers a testadores.”

Para a professora universitária, que discute bastante sobre inclusão nas redes sociais, principalmente no Twitter, onde conta com mais de 7 mil seguidores, existe uma falta de conhecimento sobre o assunto. Mas que não é só isso, as empresas apresentam uma falta de interesse. “Elas (marcas) não entendem que acessibilidade não é um adicional do projeto, deve estar dentro do processo de desenvolvimento”, destaca.

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Senadora Mara Gabrilli (Foto: Reprodução)

Já para a psicóloga, publicitária e senadora de São Paulo, Mara Gabrilli (PSDB), vivemos em um mundo que a cada dia mostra que há maneiras independentes para produzir produtos que forneçam acessibilidade. Mas, ainda sim, “a população com deficiência muitas vezes é tolhida disso.”

 

Após sofrer um grave acidente de carro que a deixou tetraplégica, Mara Gabrilli conta que buscou se integrar cada vez mais em questões ligados aos deficientes. Para a senadora, quando é aplicado nas plataformas de comunicação conceitos de acessibilidade, estão derrubando barreiras no território da informação, que além de ser uma ferramenta transformadora para qualquer ser humano, aproxima ainda mais o cidadão com deficiência de seus direitos.

 

“Você já parou para pensar em como essa população (cegos) faz para ter acesso a todos os conteúdos totalmente visuais que temos à nossa disposição nos dias de hoje? Ou quanto essas pessoas poderiam contribuir caso tivessem acesso a todas as informações? Da mesma forma como as mídias se convergiram para vários meios, hoje, os recursos de acessibilidade para os cegos também se converteram para novas plataformas.”

 

Para a senadora Mara Gabrilli, cabe às empresas e aos canais de comunicação acompanharem esses avanços e oferecerem acesso ao público com deficiência, que tem direitos garantidos por lei, inclusive, como consumidores. 

 

Entrelinhas, Talita concorda com a publicitária, para ela, a parte da acessibilidade digital é muitas vezes associada a uma atividade mais técnica, que necessariamente compete somente a pessoas da área de programação, no entanto, a acessibilidade digital é sobre todo o conteúdo, como o uso de linguagem adequada, cores com bom contraste e facilidade de navegação, além do acesso adequado através de software leitores de tela.

 

A analista de UX diz que empresas que têm uma mentalidade voltada para a acessibilidade, costumam ter também pessoas com deficiência em seus times técnicos, e que elas focam em três pontos: entender as necessidades a partir da perspectiva destas pessoas, seguir recomendações de acessibilidade e testar com usuários.

 

Leia mais sobre proposta de aplicativo de relacionamento acessível 

Para Gustavo, no auge dos 23 anos, a geração millennial ainda é capaz de desenvolver produtos acessíveis, mas isso só será possível se essas empresas de aplicativos, e de produtos de forma geral, fizerem isso desde a concepção, com base no desenho universal, que desenvolve uma produção acessível ao maior número de pessoas possível, um conceito da própria arquitetura. 

 

Embora a reflexão de Mara, Talita, Gustavo e Heverton seja à inacessibilidade de alguns meios, a limitação que abrange os deficientes visuais, principalmente em aplicativos de relacionamento, reflete muito em prejulgamentos, um dos pontos mais abordados por todas as fontes desta reportagem. Mas esse é o plano de fundo dos deficientes, dos deficientes visuais e de todos os usuários? A millennial está sendo desenvolvida através, superficialmente, de preconceitos e selfies?

 

“Infelizmente, a gente pode fazer diversas avaliações sobre isso, mas esses aplicativos sempre vão funcionar como uma espécie de mostruário. Por mais que haja, e eu acredito que haja, uma diversidade de aparências, as pessoas selecionam as fotos e editam da forma como querem ser vistas”, diz Gustavo em um dos poucos pontos da conversa que mostra sinais de desgosto.

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Ilustração: Alaina Wibberly

UMA SEGUNDA CHANCE

Diferente de Gustavo e Heverton, a santista Mariana Romano Rocha, que já usou Happn, Par Perfeito e Devotee, é adepta ao Tinder e não abre mão do aplicativo. Movida a café, como ela diz, a jovem de 22 anos é estudante de jornalismo, youtuber, musicista, faz estágio na prefeitura de Santos e ainda arruma um espacinho para mexer nas redes sociais e nos aplicativos de namoro.

 

Leia entrevista com o desenvolvedor do app Devotee

 

Cega por nascença, ela conta que fez três cirurgias para tentar reverter a doença, mas ambas não deram certo. Como sempre teve que lidar com a deficiência visual, Mariana diz que desde cedo foi motivada a estudar, chegando até cursar tecnologia da informação. 

 

No entanto, sua paixão mesmo foi pela comunicação, onde ela aplica seus conhecimentos não só no estágio, mas também na Internet, com o canal que leva seu nome, que conta com variados temas, entre eles covers de músicas e assuntos sérios como relacionamentos abusivos e a deficiência. 

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Foto: Reprodução/Youtube

Já falando no coração, Mari é livre, leve e solta. Lésbica, ela diz em meio a risadas, que uma das meninas com quem estava saindo do Tinder queria namorar, mas não rolou porque ela (Mari) estava saindo com mais outras duas pessoas. 

 

Além disso, ao contrário dos meninos, que não conseguiram se aprofundar em suas relações, ela conta, franca, que teve ocasiões positivas por lá. “Vivi momentos muito legais no aplicativo. Por ele, conheci uma mulher trans, a gente saiu uma vez, não deu certo. Hoje em dia somos amigas.”

 

A estudante de jornalismo conta que em um certo tempo, depois de um término, ficou realmente viciada no aplicativo. “Antes, quando meu tempo estava mais tranquilo, fiquei meio viciada no Tinder. Eu tinha terminado um relacionamento de quase dois anos.Aí, no começo, eu só ficava nele (aplicativo). Até porque, só uso ele.”

 

Mesmo assim, a jovem também enfrentou questões similares ao que foram relatadas por Gustavo e Heverton. Mari disse, lembrando de uns casos “chatos”, como se refere, sobre algumas conversas não muito agradáveis que teve no Tinder. “Já tiveram preconceito comigo. Não acreditaram na minha deficiência, acharam que eu estava brincando. Sério? Quando a pessoa caiu na real, deixou de falar comigo, sumiu.” 

 

E, apesar de mais uma vez a imagem bater na porta da inacessibilidade, Mari deu uma segunda chance ao aplicativo, por considerá-lo melhor que os outros. A estudante conta que seu último relacionamento também foi por causa dele. “Conheci uma menina da faculdade por ele. Eu ia para casa dela direto, era do lado de onde nós estudamos. Não deu certo, mas somos amigas até hoje.”

 

Embora o aplicativo não possa utilizar de uma experiência positiva de uma pessoa com deficiência visual para alinhar seu editorial de acessibilidade, é importante saber que mesmo com dificuldades, os deficientes se predispõe a enfrentar barreiras para poder ter os mesmos privilégios que pessoas sem deficiência têm ao utilizar aplicativos de namoro como o Tinder. 

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